domingo, 19 de janeiro de 2014

Nova Marvel...De Verdade.



Em novembro de 2013 começou a chegar às bancas o relançamento da Marvel, que ocorreu um ano antes nos EUA, com nome de Marvel Now, no Brasil Nova Marvel. Veio como resposta aos Novos 52 da DC comics, que, diga-se de passagem, se mostrou financeiramente bem sucedido, mas criativamente eu achei muito fraco, pois dos 52 títulos lançados, tivemos um aproveitamento de 6 ou 7 bons títulos. E  o bom desse lançamento da Marvel é que, criativamente falando, temos muitos títulos bons, indo da linha dos Vingadores para a linha dos X-men, passando por Homem aranha, Homem de Ferro, Capitão América e Thor junto a Hulk e o Quarteto Fantástico e seus "afiliados", todos tiveram um "UP" na qualidade das histórias e saíram do marasmo no qual estavam. Uma estratégia que não mudou nada nas origens e no que já foi visto dos mesmo, mas lançou eles de um  ponto que fica fácil qualquer leitor novo adentrar à esse universo e mantém os leitores antigos interessados, pois não novas visões, bem interessantes dos personagens.

Tivemos trocas de autores, por exemplo o Brian Bendis que fazia parte dos Vingadores a quase 10 anos, sendo responsável por suas maiores sagas neste anos, foi para o Universo X-men, onde começou uma trama que já de começo chamou a atenção e ficou muito legal.
Nos Vingadores temos o Jonathan Hickman que eu considero uma dos melhores autores de HQS atuais junto ao Scott Snyder, e mais alguns outros, e o cara chega trazendo uma nova visão do que os Vingadores são e com aventuras épicas, coisa que estava sentindo falta nas histórias, pois nos últimos anos o Universo dos Vingadores não tinha grandes aventuras espaciais que expandissem as fronteiras de onde nossos heróis pudessem atuar e também trazer novos elementos, bem como novos integrantes à equipe, até porque a visão que acho correta dos Vingadores, é ter eles atuando globalmente e não só isso, universalmente.

Muitos personagens também ganharam um novo destaque, como Guardiões da Galáxia, uma equipe que veio a ser reformulada e trazida de volta à vida alguns anos antes, agora ganha um destaque nunca antes visto, com um título próprio, que teve uma boa vendagem lá fora e mantém um nível de qualidade nas histórias muito bom.
O Thor é outro que já começa em alto nível em seu título escrito por Jason Aaron. Contando 3 histórias paralelas do personagem, passadas em diferentes idades do mesmo, ele cria um arco muito elaborado.

Enfim, olhando do ponto de vista de leitor fã, não só da Marvel ou Dc, creio que tu larga essa disputa besta depois de perceber que o realmente importante é a qualidade da história, e o quanto nos identificamos com elas, eu achei muito mais válida essa proposta da Marvel do que o reboot da DC, pois não creio que seja necessário recontar a origem novamente dos personagens já consagrados, mas trazer novas visões aos mesmos.

Aqui no Brasil, a editora principal, responsável por Marvel e Dc, a Panini faz um bom trabalho ao relançar os títulos, trazendo em cada 1ª edição uma prefácio situando o leitor. O preço da grande maioria das edições também fica bem em conta, todas em torno de R$ 6,50.
No que ela peca, é o fato de juntar por exemplo, na Universo Marvel, 9 títulos, isso mesmo, ela colocou Hulk, FF ( as duas revistas principais), entre outros títulos que variam muito do gosto de cada leitor, o que pode acabar afastando alguns leitores do título. Ela já tem feito isso com outras publicações, tanto da antiga Marvel quanto dos Novos 52 e ao menos no meu caso, acho que deveria ser repensado.



Mas quem pensa que toda essa reformulação é somente uma resposta à Dc, está muito enganado, pois fazia tempo que a Marvel vinha caminhando na direção dos filmes do Marvel Studios, e agora fica mais próxima ainda e calça o caminho para futuras adaptações que possam influenciar tanto o universo das HQS quanto o contrário.
Toda essa reformulação aproximou os títulos da editora do que vem sendo visto nos cinemas.
Dito isso, como falei desde o começo, apreciei o que foi feito, apenas espero que consigam manter os títulos com esse nível de qualidade, que chega a fugir do comercial em certos casos.




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